Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, Brazil
Entusiasta da vida, que acredita na mudança como impulso para a evolução.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: LUGAR DE DESTAQUE NO PRIMEIRO PLANO CURRICULAR

O ambientalismo tornou-se moda. Saiu das academias e ganhou as ruas. Todos, indistintamente, amam o verde. Essa constatação não é somente um fato, mas inquestionavelmente um grande perigo para o futuro. Antes eram algumas, mas hoje a maioria das empresas são "ecológicas". Todas cuidam do meio ambiente, plantam árvores e flores, e usam material não poluente. Mentira na sua totalidade. Mentira de alta periculosidade, pois ilude a opinião pública e mascara desmatamentos, uso indevido de produtos químicos, queimadas e tantas outras agressões ambientais.
Carecemos urgentemente de um programa sério voltado para a Educação Ambiental das nosss crianças. Não para adultos, originalmente agressores ambientais, cuja natureza já se revelou predadora. Porém, a criança ainda pode se desenvolver com outro tipo de mentalidade, e é essa a esperança que tenho. Lutei durante muitos anos para tirar a Educação Ambiental da transversalidade do curriculo escolar em minha comunidade. O próprio secretário da educação contestou meu projeto, defendendo que a E.A. deve ser apenas transversal. Continuo ainda lutando por um lugar de destaque para a Educação Ambiental no país.
Os professores costumam, até por falta da necessária capacitação, ensinando o que poderia ser chamado de cartilha da E.A., ou "manual de amor ao verde". É uma falácia perigosa, pois pode levar a criança a acreditar em um conceito falso e que leva a uma postura de acomodação. Plantar a sementinha no algodão é belo, mas não funcional.
A criança deve saber, logo nos primeiros anos de escola, e com o tempero da metodologia e da didática própria, que o seu meio ambiente está sendo vergonhosamente roubado. Que o ar que vai ventilar sua futura casa está poluído, que a água que vai tomar um dia não será mais inodora nem insípida... A Educação Ambiental deve ter um formato criativo, mas crítico, para que as crianças saibam questionar e indignar-se pelo que os adultos fazem com o seu mundo, comprometendo sua felicidade. Essa conversa de transversalidade acalma os menos avisados, mas não ilude educadores de estirpe. A luta é, portanto, elevar a E..A. à categoria de disciplina científica, abrindo espaço para o florescimento da pesquisa nesse campo e das ações de correção desse nosso muindo ferido de morte. Não há mais tempo hábil. Sem querer ser catastrófico, o tempo que havia já se esgotou. Corremos perigosamente contra o relógio, e nossos descendentes correm para o desastre. Talvez a Educação Ambiental efetiva e sistemática possa ainda evitar um mal maior, ou pelo menos adiar o inevitável, formando pessoas críticas e indignadas, que vão iniciar o necessário movimento de recuo das empresas, dos governos e das instituições poderosas que estraçalham sem ética e sem pudor, as possibilidades de um futuro digno para as nossas crianças e para as geraçõs vindouras..

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Powered By Blogger